O que o Guilherme gosta, quais suas fantasias, seus medos, suas alegrias. O universo de uma criança de seis anos, representado por Guilherme Santin Gonzatti, é o pano de fundo do novo livro infantil da escritora Lígia Maria Scarello. Depois de “O Livro de Alice”, dedicada à sua neta, surge “O Livro de Guilherme”, dedicado a seu neto. Com isso, Lígia Maria completa seu propósito de deixar um legado a cada uma das crianças que fazem seus dias mais felizes. “Partilhar a companhia de netos é uma experiência jamais vivida”, destaca.
“O Livro de Guilherme” tem 23 poesias, incluindo a apresentação dedicada ao neto. “As histórias remetem ao cotidiano de uma criança desta idade”. “Quando a Lua fica Grande”, “Gente Grande é Complicada”, “Histórias de Gato”, “Casa de Avó”, “O Meu Palhaço Quinquim” são alguns dos exemplos das poesias contidas no livro ilustrado por Luiz Antônio Rodrigues Leite. O próprio Guilherme é quem ilustra a fotografia da capa e da contracapa, numa produção da fotógrafa Vanessa Cristina Bouviê Daltoé. “Todo mundo vai me ver voando”, declara o pequeno garoto. A produção é da Editora Alternativa, contém 27 páginas e está sendo comercializado diretamente com a autora, ao valor de R$ 40.
O trabalho tem a parceria da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Encantado, por meio da participação da autora em rodas de conversa com estudantes, sobre o livro, em diferentes escolas do município.
DEPOIMENTOS
“Vejo na Lígia uma artista que, com seus versos, transforma letras e palavras em um cenário, como se pintasse enquanto escreve. Eu dizia a ela, já nos anos 1990, que deveria publicar seus escritos, pois o nome dela tem a sonoridade de nome de escritora! E deu certo!”
Dolores Piccinini – amiga
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“A Lígia é uma escritora nata, seus poemas a ” perseguem” desde sempre e brotam naturalmente, em qualquer lugar, a qualquer hora. Os motivos são diversos, mas todos eles falam da complexidade da natureza humana, dizem do que nos vai pela alma, especialmente de nós, mulheres, historicamente subestimadas e subalternizadas pela ideologia patriarcal. Portanto, a Lígia rompe paradigmas, quebra tabus e escancara nossas subjetividades recalcadas. E isso, às vezes, incomoda os falsos moralistas, desvela a hipocrisia.
Sua obra é diversificada e criativa. Seus poemas falam de amores e de desamores, do erotismo típico das paixões. Até um CD foi gravado com alguns de seus poemas.
Mas a natureza do feminino vai além disso; a mãe é a avó Lígia, que fala com amorosidade também de seus rebentos, filhos e netos. “O Livro de Guilherme” é outra prova de sua sensibilidade. Fala sobre o cotidiano de um menino, que nas suas brincadeiras de infância já está tentando entender um pouco do mundo que está por vir, com suas alegrias e desafios.
Parabéns, Lígia, por mais essa obra poética!
Diva Sandri – amiga e professora de Língua Portuguesa
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O Canto da Sereia
O filósofo é um pescador, pescador de conceitos, metáforas e palavras, cheias ou não, de significados. Certa vez, nesses dias frios de inverno, saí para pescar em qualquer cardume de conversas que viesse encontrar por aí; e que servisse para aquecer as mil e tal perguntas filosóficas. O fato é que saí para pescar, e fui pescado! Fui pescado pelo canto de uma sereia altiva que dobrava as palavras como se coubessem em seu bolso. Esta sereia era Lígia, a espantosa serena que me deixou com inveja pela sua capacidade de expandir os sentidos através das palavras. De tempos em tempos, a sereia Lígia Maria sai das profundezas do Rio Taquari para cantar seus versos hipnóticos em periódicos saraus culturais na Gauss Bier de Encantado.
Gabriel Leite, filósofo, músico e professor.
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Sempre a via a Ligia pelo centro de Encantado, caminhando rápido, com papéis debaixo do braço, algumas pastas na mão e isso e me chamava a atenção. Até que um dia li uns poemas dela em jornais da cidade, alguns na internet, despertando assim, minha curiosidade. Como eu trabalhava na Rádio Encantado, convidei-a para uma entrevista em maio de 2016. Ali ela contou um pouco sobre essa veia poética que guardava por muito tempo por receio de se expor.
Dali em diante tudo mudou. Eu dizia a ela que seus poemas eram músicas e ela contradizia: nunca: eu escrevo poesias e não músicas. Enfim, vários poemas dela foram musicados e viraram um CD muito gostoso de ouvir. A habilidade de transformar palavras em imagens e emoções profundas é verdadeiramente notável e cada poema é uma viagem única.
Ângela Reale – apresentadora de programa de rádio
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Além de seu imenso talento para a poesia, a Lígia é o pilar do nosso Sarau Literário, não deixando cair no esquecimento de jeito nenhum. Mesmo quando tem um público pequeno, ela não desanima! Estamos juntos nessa caminhada cultural desde o início e é uma honra fazer parte deste grupo.
Namir Barzotto – músico
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A Lígia é amiga da minha família. Sempre ouvi minha mãe dizer que a Lígia era escritora e poetisa. Enfim, que gostava de escrever. E ela realmente gosta! Conheci seus livros, suas poesias e a sua compulsão por escrever. Mas, em 2021, recebi seu convite para fazer os arranjos, a direção e a produção musical do álbum “Lígia MS – Uma Conversa de Rotina – poesia musicada”, que reúne mulheres intérpretes da região. Além de atuar como produtor, diretor musical, arranjador e violonista desse trabalho, acabei compondo melodias para três letras dela, e nasceu uma parceria. Valeu, Lígia. Vida longa à tua poesia!”
Fernando Graciola – Músico Violonista
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Sou amiga de Lígia Maria há mais de 30 anos, e ela sempre foi assim, fazendo mil coisas ao mesmo tempo: trabalhando muito para dar uma vida digna a seus filhos…mas, em meio a esse turbilhão, Lígia sempre arrumou um tempo para colocar no papel todas as emoções, as angústias, as conquistas e as alegrias. Guardo com muito carinho os muitos poemas escritos lá nos meados de 2000… Ela me trazia os envelopes e me dizia: um dia vou ser famosa e esses poemas vão valer muito” Lígia é assim: forte, impulsiva, apaixonada…
Vera Piccinini – amiga