O Governo de Encantado apresentou à imprensa, na manhã desta quinta-feira, 25, a sala de operações do Centro de Defesa e Resiliência Climática. Em um primeiro momento, o espaço vai funcionar junto ao Centro Administrativo Adroaldo Conzatti. Posteriormente, deverá ser integrado ao Centro de Inovação localizado no prédio da Univates, no Bairro São José.
A coordenação ficará a cargo do comunicador Julio Ripoll, conhecido como “Jota”, que vive há mais de 20 anos em Encantado e possui experiência também nas áreas de programação, tecnologia analógicas e digitais, banco de dados, negociação e liderança. Segundo ele, a estrutura contará com sistemas para acompanhamento meteorológico e hidrológico, além de serviço de internet via satélite, conhecido como ‘Starlink’.
Integração e inteligência
Ainda, nobreak e gerador vão garantir a energia em tempo integral, a fim de evitar que a falta de comunicação em situações extremas prejudique o andamento dos trabalhos. Ripoll explica que o objetivo principal consiste na busca e fornecimento dos dados para mitigar os efeitos de futuras enchentes, de forma integrada entre a Defesa Civil, Assistência Social, gabinete e outros setores. O Centro de Resiliência Climática deverá operar conforme a demanda e ter automatização máxima.
De modo geral, ampliar o indicador de resiliência. “Por meio de uma e rede de comunicação de emergência, pretendemos contar com uma inteligência artificial capaz de avisar, com precisão, o horário que a água chegará em cada local. Moradores terão noção exata sobre a cota na qual vivem”, explica Julio. Ainda, está previsto um “Plano Altimétrico”. A iniciativa consiste em um levantamento em toda a área de Encantado sobre a situação do solo e subsolo, mapear os morros, verificar quais poderão ser ocupados, por exemplo, com o uso da tecnologia de alto padrão.
Benefício regional
Para o coordenador regional da Defesa Civil, coronel Claiton Marmitt, a sala vai refinar as informações, beneficiar todo o Vale do Taquari e agregar às iniciativas já em andamento. O titular também citou a importância de ações planejadas e em períodos de normalidade, a fim de proporcionar uma resposta adequada diante de uma catástrofe.
Marmitt defendeu a formação de um consórcio entre os municípios para complementar as funções, a criação de núcleos de Defesa Civil nos bairros, a fim de informar a comunidade e garantir a credibilidade dos dados, além da qualificação de quem está à frente das Defesas Civis. Como exemplo, citou a ocorrência freqüente de coordenadores que acumulam o cargo com outras funções dentro de prefeituras.
Ainda, detalhou a instalação de um radar meteorológico em Montenegro, que terá abrangência de até 150 quilômetros, a implantação do Cell Broadcast, um sistema internacional de Desastres Naturais em cidades como Muçum e Roca Sales, bem como antecipou que solicitará a revisão dos planos de contingência dos municípios nos próximos dias. Confira material complementar nas redes sociais do Antena.