Dália foi umas das cooperativas que esteve presente à reunião na sede da Certel, em Teutônia
As cooperativas dos ramos agropecuário e infraestrutura dos Vales do Taquari e Jacuí prejudicadas pela catástrofe natural que atingiu o Estado estiveram reunidas na manhã do dia 06/06, no auditório da sede administrativa da Certel, em Teutônia. O evento foi promovido pela Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), com apoio das federações das cooperativas de energia, telefonia, desenvolvimento rural e agropecuárias do Estado (Fecoergs e Fecoagro). Durante o encontro, foram discutidas alternativas para mitigar os imensos prejuízos causados, tanto às cooperativas como aos milhares de associados.
No ramo agropecuário, além da Cooperativa Dália com sede em Encantado, estiveram presentes as cooperativas Languiru e Cooperagri localizadas em Teutônia, Arla situada em Lajeado e Certaja Desenvolvimento do município de Taquari. Representando o segmento de infraestrutura, além da Certel, participaram a Certaja de Taquari, a Cerfox de Fontoura Xavier e Celetro do município de Cachoeira do Sul.
Linhas de financiamento
Para o Presidente do Conselho de Administração da Dália, Gilberto Antônio Piccinini, esta primeira reunião foi focada em detalhar os prejuízos das empresas cooperativas da região dos Vales e iniciar o processo de reunir as principais demandas junto com a Ocergs para, posteriormente, apresentá-las aos governos estadual e federal. “Realizamos um levantamento geral dos dados sobre os prejuízos causados pela catástrofe no RS e alinhamos as demandas urgentes. Entre elas, é necessário que os governos se sensibilizem com a situação e disponibilizem linhas de financiamento com juros baixos e carência adequada para as cooperativas”, sugere Piccinini.
Reestabelecer o desenvolvimento
Em sua saudação, o Presidente da Ocergs, Darci Pedro Hartmann, enalteceu a necessidade da união de esforços, pelo fato de o Vale do Taquari ser a região mais atingida. Disse haver uma série de desafios a serem enfrentados para restabelecer o desenvolvimento econômico e social. “O objetivo aqui é ouvir, levantar informações e ter o assunto sistematizado. Agora, os grupos técnicos vão trabalhar nos projetos para que consigamos recursos dos governos estadual e federal e de uma frente cooperativista da Alemanha. Vamos recolher todas as informações e, provavelmente nos próximos dias, nos reuniremos com os ministros de cada setor”, afirma.
Hartmann enfatizou o impacto dessa enchente histórica e os aprendizados que deverão ser implementados. É preciso, segundo ele, uma solução definitiva, com financiamentos para as cooperativas, alongamento de prazos para os produtores e recursos a fundo perdido. “Vamos trabalhar com muita força, vontade e fé para realmente minimizar os problemas. Nunca vai se resolver tudo, porque o povo perdeu seu lugar, seu espaço, seu grau de afetividade. Temos a obrigação de auxiliar nessa reconstrução para que os associados possam voltar a viver com tranquilidade e produzindo, que tão bem sabem fazer. O cooperativismo tem essa capacidade de sempre buscar e ressurgir das cinzas. É nos momentos mais difíceis que mostramos a nossa diferença, pois somos uma sociedade de pessoas”, sublinhou.
Fotos: Bruna Becker/Divulgação
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