Aos poucos, rotina vai sendo retomada
Nova Bréscia também foi uma das cidades muito atingidas pelas chuvas das últimas semanas, registrando prejuízos incalculáveis tanto na área urbana como na rural.
O município decretou situação de calamidade. Diversas pontes e bueiros foram levados pela correnteza das águas, casas foram devastadas e alagadas, houve desmoronamentos e estradas obstruídas. Diversos problemas ainda são enfrentados no setor primário, com plantações destruídas. “Muitos outros problemas que estamos tendo que enfrentar dia após dia”, resume o prefeito, Ângelo Barbieri.
“A Secretaria Municipal de Obras está trabalhando para minimizar os impactos provocados. Desde o início das chuvas, as equipes estão trabalhando para atender todas as demandas no centro da cidade e interior, concentrando esforços para desobstruir estradas, retirar árvores caídas, limpar bocas de lobo e bueiros, além de auxiliar os munícipes que necessitam de trabalhos em suas propriedades”, explica.
A retomada da rotina entre os moradores e todos os trabalhadores é construída diariamente. Na Linha Sagrada Família, o plantador e comerciante de hortifrutigranjeiros, Ademar Crestani, perdeu duas bombas de irrigação e aguarda ajuda dos órgãos públicos. “A plantação de frutas e de hortaliças foi afetada, mas estamos nos recuperando”, destaca.
No centro, Lucas Garcia ficou parado por três dias com o seu estabelecimento de comercialização de gás de cozinha e material de construção. “A água entrou apenas 50 centrímetros, mas já deu um estrago. Felizmente conseguimos voltar logo com as atividades, agilidade que conseguiu com a ajuda de vizinhos.
Em Coqueiro Baixo, Kátia e Neuri Faccione viram o Restaurante e Pousada Big Lanches, de sua propriedade, ficar com água por três dias. “Mesmo depois que a água baixou, ficamos mais de uma semana parados, dois quais oito sem luz e sem água.” O casal também contou com ajuda de vizinhos para retomar as atividades. Roupas de cama da pousada ainda estão sendo lavadas e higienizadas, e a vontade de retomar é plena, porque os serviços de hospedagem e alimentação são o ganha-pão da família.
Outro estabelecimento atingido foi o Mercado Bortoncello. 70cm de água foram o suficiente para afetar todo o sistema de cadastro de produtos. “O retrabalho é grande, porque temos que recadastrar um a um dos itens. Ficamos em dúvida sobre retomar, mas entendemos que é necessário por ser tratar da principal fonte de renda da família”, diz Vera Cemin Bortoncello.
Fotos: Mário Patussi