Unidos pela irmandade e o exercício do Direito

De gerações distintas, Jean Wagner e Alan Felipe Camargo compartilham a experiência empreendedora

O ditado diz que “um raio não cai duas vezes no mesmo lugar”. Essa máxima, contudo, não se aplica na família Camargo. Nela, irmãos Jean Wagner e Alan Felipe seguiram pela estrada do Direito. Também trabalham juntos no escritório “Camargo e Camargo Advogados Associados”, com sedes em Roca Sales e Imigrante.  Eles têm respectivamente, 44 e 34 anos. Tal diferença de idade foi um componente extra para inspiração do mais novo.

Formado em 2009 pela Univates, Jean fundou a empresa em 3 de maio de 2010. Quatro depois, com a graduação de Alan pela UCS Guaporé e seu posterior ingresso, o negócio recebeu o nome de “Camargo e Camargo Advogados Associados”. Antes de ingressarem no Direito, os irmãos atuaram como calçadistas na Beira-Rio, experiência que guardam com carinho pela preparação proporcionada para os desafios seguintes.

As principais áreas de Direitos Público, Previdenciário, do Consumidor e da Família, além de Propriedade Intelectual.  Desde 2022, a equipe conta também com a jovem Helen Daniela Petim (26), egressa da Univates no ano passado.  Hoje, a empresa possui em torno de 300 clientes ativos de diferentes municípios.

Assim como outros negócios na região, a Camargo e Camargo também foi impactada pelas enchentes. Devido aos danos maiores na antiga sede, localizada na Rua 31 de maio, a empresa deixou o endereço original e hoje funciona na Avenida General Daltro Filho. Em Imigrante, não houve problemas.

Vida de advogado

Conforme Jean, a rotina segue certo padrão. Contudo, a área segue em evolução constante. O profissional cita exemplos como as mudanças na legislação e meios de prova, a digitalização crescente dos processos e até mesmo a orientação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para reduzir o “juridiquês”, a fim de tornar a compreensão mais eficiente.

Embora reconheça a importância, Alan entende que a exigência de uma “excelente oratória” varia de acordo com a área. Por outro lado, o profissional precisa estudar bastante para qualificar a prestação o serviço, bem como investir cada vez no marketing pessoal diante de um mercado concorrido. Um esclarecimento importante vai no sentido da atuação do profissional. A missão sempre será “defender o processo e não a pessoa em si”.

Curso em evidência

A respeito da grande procura pelo curso, a dupla cita os seguintes fatores:  tradição, baixo custo de manutenção pelas universidades – não precisa de laboratórios, por exemplo –, disponibilidade alta e a chance de exercer várias profissões como juiz, procurador, desembargador. Claro, o requisito primordial é a aprovação no Exame da OAB, que pode ser feio a partir do penúltimo semestre e conta com questões objetivas e uma segunda parte, na qual os postulantes à carteira devem resolver uma peça profissional.

Questionados se mudariam de profissão, tanto Jean quanto Alan garantem que não. Eles entendem que a escolha da carreira foi a mais adequada possível, principalmente pela identificação e com o desejo mútuo de defesa da ética, respeito, responsabilidade e justiça.